terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Rancho contesta resultado

 
A assessoria jurídica da escola de samba Rancho Não Posso Me Amofiná pretende ingressar na Justiça, hoje, contestando o resultado do Carnaval 2016 de Belém, que teve como vencedora a Associação Carnavalesca Bole-Bole. A diretoria do Rancho diz que vai abrir um processo administrativo contra a Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel). O resultado do carnaval foi anunciado no último sábado, na Aldeia Amazônica David Miguel, na avenida Pedro Miranda, na Pedreira. “O Racho ganhou o carnaval na avenida”, disse, ontem à tarde, o presidente da escola, Jango Vidal. “Em 36 anos de carnaval, nunca tinha visto uma decisão como essa. Os dois jurados deram nota 10 para a nossa comissão de frente. Ou seja, os jurados, que são soberanos, não viram nenhum problema. Foi uma aberração muito grande”, acrescentou.
A escola perdeu dois pontos no quesito comissão de frente. A organização do desfile entendeu que, durante algum tempo, os componentes da comissão de frente não ficaram 100% visíveis para os jurados. Por isso, a punição. Jango Vidal contestou: “Tínhamos 20 componentes. Só que a comissão de frente interage, para um lado e para o outro. Nossa comissão de frente estava perfeita”. “Se tivesse irregular, os jurados não teriam dado nota 10”, afirmou.
Jango Vidal disse ainda que nem durante e nem 48 horas após o desfile, conforme prevê o regulamento, a assessoria jurídica da Fumbel relatou ter havido qualquer irregularidade na apresentação do Rancho. “Não havia nada contra a gente na Fumbel. Aí, na hora da apuração, alguém aparece com um pen drive, mostrando, durante poucos segundos, uma imagem congelada de supostamente apenas oito componentes da nossa comissão de frente. Congelaram a imagem com apenas oito pessoas. Mas nossa comissão de frente tinha 20 componentes”, afirmou.
Em nota enviada à redação, a Fumbel afirma que material apresentado pela escola “Quem São Eles” serviu como prova material  das “irregularidades”, “sendo então, aplicada a penalidade à escola. Esta, no entanto, teria o prazo legal de até 48h após o desfile para apresentar sua defesa, o que não ocorreu”, diz o órgão da Prefeitura de Belém.
Jango Vidal afirma que o processo administrativo é para que a Fumbel mostre toda a ata do desfile. “Não nos deram direito de defesa. E tiraram o nosso direito de comemorar o título, deixando frustrados os mais de 80 mil moradores do bairro do Jurunas”, afirmou. A Associação Carnavalesca Bole-Bole ficou em primeiro lugar, com 198,3 pontos. O Racho terminou em quinto, com 197,3 pontos. Se não tivesse perdido os dois pontos, conquistaria o título de escola campeã, pois ficaria com 199,3 pontos e superaria a pontuação obtida pela Associação Carnavalesca Bole-Bole.
A Prefeitura de Belém, por meio da Fumbel, informou, ontem à tarde, que a apuração do Carnaval de Belém ocorreu dentro das normas previstas no regulamento do concurso oficial das escolas de samba do primeiro, segundo e terceiro grupo de Belém. “Desta forma, a escola de samba Rancho Não Posso me Amofiná sofreu a penalidade com a perda de dois pontos pela ausência de componentes especiais visíveis na comissão de frente - mínimo de 10 pessoas. A Prefeitura reitera, ainda, que segue as normas previstas no regulamento para garantir um concurso transparente”, conclui a nota. (Pararijos NEWS)

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