segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Terminal lotado no final do feriadão


O fluxo de pessoas no terminal rodoviário de Belém foi intenso durante todo o dia de ontem. Após os festejos de Natal e de réveillon, as pessoas que passaram o final de ano na capital paraense aproveitaram o domingo para retornar para suas casas. No final da tarde de ontem, os viajantes interestaduais e intermunicipais lotavam todo o saguão da rodoviária. Veranistas que estavam em Mosqueiro tiveram dificuldades para retornar a Belém porque havia poucos ônibus colocados à disposição do público. Durante todo o dia, formaram-se longas filas nos pontos de ônibus, o que gerou muita reclamação dos usuários que tentavam chegar aos seus destinos.
Segundo informações da Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico (Sinart), os balneários mais procurados foram Mosqueiro, Salinas e Bragança. A Sinart não informou quantas pessoas passaram pelo terminal ontem, porém, garantiu que houve um aumento expressivo do número de aquisição de passagens. Ainda de acordo com os dados da Sociedade, o movimento se intensificou desde o último sábado, chegando ao pico ontem à tarde. A Sinart ainda espera um contingente elevado durante todo o dia de hoje, porém, em menor quantidade. O esquema especial preparado para atender o aumento na procura por passagens ao longo do Natal e, principalmente, do Réveillon, será desativado a partir de hoje.
A ansiedade era notória no semblante de Heverson Barbosa. O estudante de 20 anos aguardava o retorno de uma turma de amigos da capital paraense que escolheu Bragança, no nordeste do estado, para passar o Natal e o réveillon. “Estão lá desde o dia 23. Fiquei com muita saudade, e, por conta disso, resolvi buscá-los aqui no terminal”, diz. Ele chegou à rodoviária às 13h50, e só saiu de lá após a chegada dos amigos, por volta das 15h30. “Valeu a pena esperar. Agora e só matar a saudade da turma, já emendando para qualquer lugar, não importando qual”, afirmou o estudante de Letras na Universidade Estadual do Pará (Uepa), em tom de alegria e alívio.
Enquanto Heverson aguardava o retorno dos amigos a Belém, a família Bezerra Tavares se despedia da capital paraense, após doze dias na cidade. O analista de sistemas Obson Bezerra, de 36 anos, volta ao Tocantins, onde reside com a esposa e os dois filhos, após mata a saudade dos parentes e amigos que moram na capital paraense. “Matei a saudade dos familiares nestas duas semanas, mas preciso voltar para casa. Sei que a saudade será grande outra vez, mas é a vida. Família, agora, só pelas fotos”, conforma-se. Ele conta que ao longo do período em que permaneceu no Pará foi à praia de Ajuruteua, em Bragança. “Vou levar comigo grandes recordações deste estado. Sou paraense, radicado no Tocantins pela falta de segurança que assola o Pará, mas gosto muito de Belém”, afirma.
Já a família Costa, que também estava mo terminal rodoviário ontem à tarde, não foi passar o Réveillon fora e tampouco veio curtir o feriado em Belém. Eles estão de mudança, saindo de Manaus (AM) para São Luis (MA), e apenas passaram pela capital paraense em uma espécie de “conexão”. “Viemos de barco do Amazonas, e daqui seguiremos para o Maranhão. Até aqui foram três dias de viagem. Agora, pelas estradas, temos mais 12 horas”, afirma o chefe da família, Osias Costa, de 25 anos. Ele segue com a esposa, Yaminn Machado, de 23 anos, e a filha, Isabelly de Jesus Machado, de 6 anos, para junto de sua mãe na capital maranhense, que foi contaminada pelo zika vírus.  Osias - que é o caçula de sete filhos - e a esposa largaram o emprego, a casa e todos os seus pertences para trás com o objetivo de seguir uma nova vida perto da matriarca. “Mãe, só temos uma. Se perdê-la, não terei outra chance”, conclui. (Pararijos NEWS)

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