sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Taxistas protestam contra reajuste de passagem da balsa

Foto: Fernando Araújo/ Arquivo O LiberalFoto: Fernando Araújo/ Arquivo O Liberal
O reajuste no preço da travessia de balsa da vila de Penhalonga, em Vigia, para a ilha de Colares, localizada a 93 quilômetros da capital paraense, nordeste paraense, teria provocado manifestação de dezenas de taxistas, nesta sexta-feira (08), que fecharam a estrada de Colares não permitindo com que os veículos que desembarcam da balsa seguissem caminho. O protesto foi iniciado às 6h30 da manhã e só foi encerrado no meio da tarde, segundo informou a Polícia Militar. Passageiros informaram que o transporte via balsa só foi normalizado no final da tarde.
Segundo uma condutora de um dos veículos que, desde 6h45, acompanhada de sua mãe, Maria Auxiliadora, 71 anos, tentava atravessar da vila para Colares, além de idosos, vários veículos com pessoas doentes, entre elas diabéticas, que precisam tomar insulina, e crianças, tiveram dificuldade para fazer a travessia da vila para Colares.  "Todos sofrem com essa situação, em especial essas pessoas, pois tem uma senhora que precisa tomar insulina a cada três horas e corre atrás de gelo para conservar o material. Há crianças de colo, que ainda estão mamando, e vários idosos. Meu carro ainda está na balsa, ainda não saiu de lá. Tenho que levar minha mãe para Colares e voltar para Belém. Mesmo que meu carro saia balsa, os taxistas não deixam ninguém seguir estrada, há uma fila enorme de carro, porque eles fecharam a via", afirmou pela manhã Kátia Marinho, 39 anos, filha da idosa Maria Auxiliadora.
Ainda segundo ela, os taxistas protestaram contra o aumento abusivo da travessia de balsa e não deixam nenhum carro passar. 'Só ambulância, funeral e carro da polícia já passaram. Tinha um carro da Polícia Civil Reservada, mas não fez nada. Tinha a Polícia Militar na vila de Penhalonga, mas eles disseram que não podem fazer nada porque Colares não é área de abrangência deles e há Polícia Militar em Colares, mas não negociam nada. Alguém, alguma autoridade tem que tomar uma atitude para resolver esse problema', reclamou Kátia Marinho, enquanto aguardava no local.
Em nota a Arcon Agência de Regulação de Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon-PA) informou que o protesto foi encerrado no meio da tarde e que uma equipe da Polícia Militar esteve no local para ajudar a resolver o impasse. A Arcon marcará uma reunião para discutir o reajuste e ouvir a sociedade.
A Agência esclarece que o reajuste das tarifas na travessia de balsa em Penha Longa, que dá acesso à ilha/município de Colares, foi publicado no Diário Oficial do Estado no dia 28 de dezembro de 2015 e a empresa operadora teve três úteis para colocá-lo em prática.
Segundo o órgão, esse reajuste foi autorizado pelo Conselho Estadual de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Conerc) em reunião em outubro de 2015, e depois homologado pela Agência de Regulação de Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon-PA). A Arcon explica que o Conerc conta com representantes de todos os segmentos envolvidos no transporte de passageiros intermunicipal, como empresários, servidores da Agência, de sindicatos e também os usuários.
Ainda segundo a Arcon, essas tarifas não eram reajustadas desde fevereiro de 2014 e o reajuste do setor hidroviário é feito segundo planilhas que são encaminhadas ao Conerc pelas empresas operadores de transportes. (Pararijos NEWS)

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