terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Pai de Pikachu e diretor comentam polêmica

Mensagens pelo Whatsapp, interesse de vários clubes, conversas com empresários, com atleta, pai de atleta... Todos estes elementos fazem parte de uma nova "novela esportiva" que se anuncia: o pré-contrato de Yago Pikachu, do Vasco da Gama, com a Chapecoense. A notícia foi divulgada em portais de Santa Catarina na última segunda-feira.
Em conversa exclusiva com o DOL, o pai do atleta, Carlos Lisboa, informou que houve sim interesse e até mesmo um documento enviado pelo clube catarinense ao ex-lateral direito do Paysandu. O envio, no entanto, teria sido feito via WhatsApp e não teria assinatura de diretores do clube catarinense.
O arquivo em questão seria apenas uma espécie de comunicado sobre o interesse do Verdão do Oeste no atleta e não um pré-contrato. Apesar de ser somente um "aviso", Yago assinou o documento, segundo seu pai.
Na noite de 16 de dezembro foi veiculada a foto de Pikachu, membros da comissão técnica, empresários e diretores do Vasco após assinatura de contrato. Foto: Divulgação.

Ainda de acordo com "Seu Lisboa", como é conhecido, a assinatura teria ocorrido no mesmo dia em que o Vasco assinou com o atleta, no dia 16 de dezembro. A polêmica envolvendo a Chape, no entanto, não o preocupa. De acordo com ele, que também administra a carreira de Pikachu, os advogados do atleta estariam tranquilos e os do Vasco também. "Estamos cientes e tranquilos quanto a isso e já estamos tomando as providências cabíveis", finalizou.
Chapecoense se sente lesada
Também em contato exclusivo com a reportagem do DOL, o diretor jurídico da Chapecoense, Luís Sérgio Grochot, afirmou que houve sim um pré contrato assinado por Pikachu e deu detalhes. "O documento foi assinado no dia 13 de dezembro e previa a apresentação do atleta no dia 05 de janeiro na Chapecoense. No entanto, em 06 de janeiro foi publicado seu nome no BID (Boletim Informativo Diário, da CBF) como jogador do Vasco", explicou.

O BID do dia 06 de janeiro apresenta Pikachu como atleta vascaíno. Seu contrato iniciou no dia 1° de janeiro e segue até o fim de 2018. Imagem: Reprodução/BID

Como o acerto com o clube cruzmaltino foi assinado no dia 16 (portanto três dias após a assinatura do possível acordo com o Verdão do Oeste), o ato caracterizaria, então, quebra de contrato.
Ainda de acordo com Grochot, a Chape se sente lesada e deve ajuizar nas próximos dias uma ação contra Pikachu. A reivindicação do setor jurídico será o cumprimento do acordo estebelecido no documento; isto é, se houvesse acerto com outro clube ou desinteresse dos catarinenses, a parte desistente deveria pagar multa correspondente por quebra de contrato. O valor da indenização, no entanto, não foi citado por Grochot.
"Leilão" ou estratégia?
Para o advogado catarinense, o pré-contrato com a Chapecoense pode ter sido utilizado para agilizar o acordo com o Vasco. Isto mesmo.
Perguntado sobre o possível envio do documento via WhatsApp, Grochot não negou o envio e informou que este pode ter sido usado para facilitar sua ida ao clube carioca. "O Pikachu tinha interesse de disputar o Brasileiro de 2016 pela Chapecoense, mas quem administra sua carreira pode ter aproveitado o documento para agilizar sua ida para o Vasco", finalizou.
(Enderson Oliveira/DOL/Pararijos NEWS)

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