terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Menino é achado morto


O corpo de Arthur Moraes Souza, de 11 anos, foi encontrado numa mata localizada no bairro Almir Gabriel, em Marituba, no terreno do cemitério Max Domini, que fica próximo do campo de futebol conhecido como “Campo do Detetive”. O tio do menino foi informado que moradores da área tinham encontrado o cadáver e foi até lá reconhecer. As roupas eram as mesmas e as pipas com as quais o menino brincava foram encontradas também. Arthur sumiu na noite de sábado (23) e o corpo já estava em avançado estado de decomposição. Como protesto, familiares e amigos interditaram a rodovia BR-316.
Mário Campos Moraes, tio de Arthur, disse que para encontrar o corpo contou com a ajuda de oito pessoas para abrir a trilha. “Me avisaram e eu vim. Reconhecemos. É ele mesmo”, lamentou.
Próximo do cadáver foram encontradas as sandálias, mas não havia sinal da arma do crime ou qualquer pista que pudesse levar ao assassino. A área onde Arthur foi encontrado é de difícil acesso e a polícia acredita que ele tenha sido levado até lá para ser desovado. O exame necroscópico poderá apontar como ele morreu e se houve violência sexual. Desesperados, os parentes do menino não acreditavam naquilo, pois a família já havia perdido um ente para a violência: um adolescente de 16 anos, que foi assassinado.
O perito criminal Nilson Barbosa, do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, destacou que o corpo tinha três perfurações feitas com arma branca no peito e uma nas costas. Nada de relevante foi encontrado na cena do crime. Enquanto o corpo era colocado no carro do Instituto Médico Legal (IML), familiares e amigos aplaudiam, rezavam, choravam e gritavam por justiça. Tudo sob uma forte chuva.
Ainda não se sabe o que motivou o crime, mas a família de Arthur estava mais revoltada porque dois suspeitos, ambos adolescentes, foram apreendidos, mas liberados logo em seguida por falta de provas. Eles confirmaram que estavam com Arthur, mas disseram que se separaram do menino muito antes de a ausência dele ter sido notada.
Algumas pessoas gritaram os nomes dos adolescentes várias vezes e foram repreendidas pelos policiais civis, já que esta hostilidade pode gerar consequências graves. A mãe de um dos adolescentes informou que o filho estava sendo retirado de casa porque tentaram invadir a residência dela para atacá-lo.
A delegacia do Decouville continua investigando o crime e quem tiver informações que possam levar à solução dele pode entrar em contato por meio do Disque-Denúncia (181). A ligação é gratuita e não é preciso se identificar.
Protesto provocou congestionamento
Depois que o corpo de Arthur Moraes Souza foi encontrado, moradores do bairro Almir Gabriel reclamaram que o terreno do cemitério Max Domini é todo aberto e serve de esconderijo e rota de fuga para criminosos, inclusive fugitivos do Presídio Estadual Metropolitano (PEM). A morte do garoto não seria a primeira. O protesto, que provocou mais de três quilômetros de congestionamento no sentido Marituba-Benevides, foi realizado para cobrar providências da empresa. Um cartaz com a foto do garoto era mostrado a quem estava preso no trânsito para justificar a manifestação.
Pouco tempo depois, o gerente administrativo do cemitério, Marco Antônio Sampaio, recebeu representantes da imprensa e uma comissão formada por manifestantes para informar que ontem mesmo começariam os levantamentos para o projeto e orçamento do muro da área. Ele não soube precisar o tamanho total. “A primeira providência será construir o muro. E já estamos fazendo a limpeza do lixo ao redor do muro existente. Mas pedimos que a comunidade deixe de jogar lixo no local também, até por segurança contra os mosquitos da dengue e zika”, afirmou. Com a resposta do gerente, a manifestação foi encerrada. (Pararijos NEWS)

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