sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Polícia frustra assalto a casal


Assaltantes mantiveram um casal refém dentro de um veículo durante mais de 40 minutos ontem à noite, no bairro da Sacramenta, em Belém. Os dois acusados, acompanhados de um adolescente, invadiram o carro das vítimas e foram perseguidos pela polícia logo em seguida. Eles se renderam após terem as exigências atendidas. Uma das vítimas e a companheira de um dos assaltantes passaram mal e precisaram ser atendidas por socorristas do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). Após a rendição do trio, a polícia descobriu que eles usavam um simulacro (imitação de arma de fogo).
A situação teve início na avenida Pedro Álvares Cabral, esquina com a avenida Tavares Bastos, na Marambaia. O casal trafegava em um veículo Toyota Etios e foi surpreendido quando os dois criminosos e o adolescente de 17 anos fizeram a abordagem e, apontando uma arma, entraram no veículo. “Eu tinha parado no semáforo quando eles se aproximaram e entraram no carro. Foi uma situação muito difícil e assustadora”, afirmou o homem, que preferiu não ter sua identidade divulgada.
Os acusados, identificados como Marlon Coelho Silva, de 21 anos e Isaac Cardoso Rodrigues, de 20, ficaram no banco de trás do veículo, junto com o adolescente. O casal continuou nos bancos da frente e o motorista foi obrigado a continuar dirigindo até que viaturas da Polícia Militar (PM) foram informadas sobre o assalto em andamento.
Guarnições do 1º Batalhão da Polícia Militar (BPM) conseguiram localizar o Etios transitando sentido Sacramenta e a perseguição teve início. De acordo com o sargento Balbino, foi preciso ter cautela. “Pedimos reforços e fizemos o acompanhamento. É sempre uma situação que exige cautela, porque nunca sabemos qual será a reação dos acusados”, afirmou.
O veículo com os assaltantes e reféns foi interceptado na avenida Senador Lemos, próximo à travessa Perebebuí. Teve início, então, a negociação, que durou aproximadamente 40 minutos. Segundo o tenente Nazareno, oficial de dia do 1º BPM, os acusados pediram a presença da imprensa, família e colete à prova de balas. “Eles inicialmente liberaram a refém, que estava passando mal”, continuou.
A refém foi liberada e foi atendida por uma equipe do Samu, que chegou ao local cerca de cinco minutos depois. Quase ao mesmo tempo, também passou mal a companheira de um dos assaltantes. Grávida, ela foi ao local a pedido de Isaac, mas começou a sentir dores e chegou a desmaiar.
A negociação com os acusados terminou por volta das 21h30, quando eles concordaram em liberar o refém e resolveram se entregar. Os três saíram do veículo, se jogaram no chão e entregaram a arma, que na verdade era uma pistola de cola quente (material usado para fazer artesanato), com o cabo preto, modificada para se parecer com um revólver. “Mas à noite, no escuro, não tem como saber que é um simulacro”, disse o tenente. O sargento complementou: “O trauma é o mesmo daquele causado por uma arma de verdade”.
Os policiais tiveram trabalho para conter a população, que estava revoltada e queria agredir os acusados. Os três foram encaminhados para a Seccional Urbana da Sacramenta. No local, um deles alegou ter 17 anos. Os outros dois disseram que nunca tiveram passagem pela polícia, mas os PMs afirmaram que um deles já foi preso há cerca de um mês, na Marambaia. (Pararijos NEWS)

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