segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Mais um pm é assassinado

Velório ocorreu em templo religioso, mas família não permitiu entrada da imprensa. Victor Hugo (detalhe), estava indo para uma festaVelório ocorreu em templo religioso, mas família não permitiu entrada da imprensa. Victor Hugo (detalhe), estava indo para uma festa
Mais um agente da Polícia Militar do Estado do Pará foi assassinado. O soldado Victor Hugo França Maia, de 25 anos, levou um tiro no peito durante uma suposta tentativa de assalto, na rua Santa Lúcia, via principal do bairro Jibóia Branca, em Ananindeua. O crime ocorreu na noite de anteontem, por volta das 23 horas, quando a vítima estava em horário de folga e se dirigia de motocicleta para uma festa de aniversário, na companhia de um amigo, quando foi abordada por cerca de três desconhecidos, que efetuaram vários disparos de arma de fogo contra ela. O amigo saiu ileso. O policial estaria sendo ameaçado no bairro em que residia, o Icuí-Guajará, no mesmo município. Victor tinha apenas dois anos na corporação e era lotado no Batalhão de Polícia de Eventos (BPE). A PM informou que estão sendo realizadas buscas para localizar os assassinos.
Victor foi o 22º agente da PMPA assassinado este ano. Ele sofreu morte instantânea na via pública. Os policiais civis da Divisão de Homicídios, que estiveram no local do crime, constataram que a vítima chegou ali na garupa da motocicleta, que era pilotada por um amigo. Os dois tinham acabado de sair de um bar localizado no Icuí-Guajará, próximo à casa do soldado, onde estavam na companhia de outras pessoas. “Segundo as pessoas que moram na redondeza, foram ouvidos muitos disparos de arma de fogo”, disse a delegada Cristina Esteves, da DH. Segundo ela, três homens teriam abordado a vítima e o amigo. Ninguém soube informar aos policiais civis como os assassinos chegaram ao local e nem como fugiram.
A delegada preferiu não avaliar o crime como execução, pois ainda será apurado se o policial reagiu ao assalto, usando a própria pistola para atirar nos criminosos. Ele não teve nenhum objeto roubado. Ninguém soube informar qual era o endereço da festa para onde Victor Hugo se dirigia. O amigo, que testemunhou o crime, relatou aos policiais que todos os três assassinos estavam armados e, sob ameaça, se aproximaram e passaram a exigir que a motocicleta lhes fosse entregue. Porém, ainda segundo informações coletadas pela DH junto a essa testemunha, Victor sacou a arma, uma pistola de calibre ponto 40, e tentou reagir passando a trocar tiros com os bandidos. E que o próprio amigo, ao ver o policial tombar baleado, pegou a arma dele e efetuou disparos contra os bandidos e para o alto, fazendo com que os assassinos fugissem. Em seguida, o amigo passou a gritar por socorro na vizinhança, pois Victor Hugo ainda estava com vida, mas não resistiu aos ferimentos e logo entrou em óbito.
O nome da testemunha não foi revelado a pedido da Polícia Civil. Mas a versão apresentada por ela não convenceu os policiais civis, que desconfiam de que Victor Hugo tenha sido vítima de uma “casinha”. Informações não oficiais, inclusive difundidas entre os militares, dão conta de que Victor Hugo andava pedindo reforços no Icuí, pois estaria se sentindo ameaçado na área em que reside após supostamente ter baleado um suspeito na saída de uma festa. Não há informação sobre a vítima, a data e nem o local desse outro baleamento.
O amigo do soldado foi apresentado por policiais militares na Central de Flagrante da Cidade Nova, onde prestou depoimento. Ali foi lavrado o boletim de ocorrência do homicídio, pelo militar Clodoaldo Moraes da Silva. Ainda, foi apresentada a pistola do soldado, na qual continha seis projéteis, sendo apenas um deflagrado e os demais “aparentemente intactos”, conforme descreve o boletim. Também foi apresentada a motocicleta em que Victor e o amigo estavam, uma Honda CG150 Fan, vermelha, de placas NST-0671.
O corpo do soldado foi removido para ser submetido a exame de necropsia no Instituto Médico Legal (IML)
Enterro de policial ocorrerá hoje
O corpo do soldado foi liberado no final da manhã de ontem a fim de que família realizasse o velório e o enterro. O velório ocorreu na tarde de ontem em uma igreja localizada no bairro da Cidade Nova 4, em Ananindeua. Abalados, amigos e familiares não quiseram falar com a imprensa. Mas foi possível ouvir alguns amigos do policial conversando e dizendo como ele era uma boa pessoa. O time de futebol de pelada que o soldado jogava nos finais de semana foi ao velório. Todos vestiam uma camisa do time e ainda tentavam aceitar a perda.
O enterro do soldado da PM será hoje pela manhã no cemitério Santa Izabel, no bairro do Guamá, em Belém.
A Polícia Militar informou em nota enviada à redação que está dando total assistência à família por meio de atendimento psicológico e do serviço social. Já a Corregedoria da corporação acompanha o inquérito civil militar e instaurou o inquérito policial militar para a tomada de providências administrativas, como a pensão da família. (Pararijos NEWS)

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