segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Homem abre fogo contra uma residência


Artur Campelo Neves Júnior, de 47 anos, conhecido como “Juninho”, foi morto com um tiro na cabeça, disparado por um policial militar, ontem à tarde, no conjunto Pedro Teixeira, no bairro Parque Verde, em Belém. O baleamento ocorreu na via pública, em frente a uma residência da rua B. De acordo com vizinhos e com o delegado Eduardo Rollo, da Divisão de Homicídios, Artur atirou para dentro do imóvel, onde ocorria uma festa de aniversário. Ele não contava que dentro da casa houvesse um policial militar também armado, que revidou, atingindo-o na cabeça. O soldado Rafael de Azevedo Giusti se apresentou na Delegacia de Crimes Funcionais (Decrif), à noite.
O baleamento ocorreu por volta das 17h. “Havia um aniversário na casa. O dono do imóvel estava manobrando o carro em frente ao local, quando encostou na motocicleta da vítima. Houve discussão. As testemunhas disseram que a vítima saiu daqui dizendo: ‘Isso não vai ficar assim. Tu vais ver’. E que ela voltou, efetuando disparos na direção da casa. O policial revidou, atingindo a vítima, que caiu morta com a motocicleta no chão”, contou o delegado Eduardo Rollo.
Havia marcas de tiros na casa e também na residência situada em frente, na qual um dos projéteis atravessou a janela do pátio e atingiu a parede da sala, enquanto o outro atingiu o carro do proprietário da casa. O dono do veículo que se envolveu na discussão com Artur não teve o nome revelado.
Os peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves examinaram os dois imóveis e o carro, além do corpo. Os peritos confirmaram que Artur usava capacete e que o tiro atravessou o rosto dele. Cápsulas de projéteis deflagrados foram recolhidas próximo ao cadáver. O delegado Eduardo Rollo informou que um revólver de calibre 38 foi apreendido em poder de Artur e levado pelo próprio soldado Giusti à Decrif, onde foi entregue e será submetido a exame pericial. Rollo confirmou que Artur não tinha porte de arma de fogo. A motocicleta que ele usava, uma Honda Titan preta de placa OTW-7439, estava registrada em nome dele e em situação regular.
Uma vizinha contou que houve uma discussão em frente à casa e que Artur chegou procurando uma mulher que estava no imóvel, mas ela não quis sair para falar com ele. As pessoas começaram a gritar dentro da casa, chamando Artur de “vagabundo” e “ladrão”, e, em seguida, o mandaram embora. A vizinha confirmou que a discussão começou por conta de uma briga de trânsito.
Os familiares de Artur estavam revoltados no local do baleamento e hostilizaram os jornalistas e os policiais. “Vocês sabem quem foi. Quero saber se vai aparecer”, gritava um parente para os policiais que estavam apurando o crime na rua B. Os militares que estavam lá também não prestaram informações à imprensa. Ao final do trabalho dos peritos, o corpo foi removido para necropsia no Instituto Médico Legal (IML). A reportagem teve o acesso negado na Decrif, onde pretendia apurar mais detalhes do caso. (Pararijos NEWS)

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