sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Bancário desvia R$ 400 mil


João Rodrigues Moraes Junior, de 47 anos, servidor público do Banpará (Banco do Estado do Pará), foi preso no final da tarde de anteontem, na própria residência, localizada no bairro da Cremação, em Belém. Investigações feitas pela Divisão de Operações Especiais (Dioe) durante seis meses indicam que ele desviou dinheiro de correntistas após a morte deles. João prestou depoimento à polícia ontem à tarde e confessou o crime.
A prisão dele não representa o fim das investigações, pois suspeita-se que outras pessoas estejam envolvidas no esquema. Por enquanto, não há indícios da participação de outros servidores do banco. As investigações começaram quando o filho de uma correntista percebeu que a conta havia sido movimentada após a morte dela. Estima-se que o criminoso tenha embolsado pelo menos R$ 400 mil com as fraudes. João foi indiciado por estelionato, falsidade ideológica e se a participação de mais pessoas no esquema for comprovada, será incluída a acusação de associação criminosa.
O bancário trabalhava há sete anos na agência do Banpará localizada na avenida Senador Lemos. De acordo com a polícia, ele usou as informações privilegiadas para escolher as vítimas e fazer as movimentações por meio de transferência eletrônica disponível (TED). A polícia identificou transações ilegais em cinco contas - quatro de pessoas mortas e uma de um empresário que está vivo.
O mandado de prisão preventiva expedido contra João foi cumprido pela equipe de policiais civis da Dioe. O delegado Neyvaldo Silva, que comandou as investigações, disse que o dinheiro era desviado para a conta da esposa do servidor público. Ela será ouvida hoje. “Ele agiu com ousadia, usou a esposa no crime. Ela se passava pela pessoa falecida para realizar as transações, que em alguns casos foram feitas na própria boca do caixa. Foi um crime quase perfeito, porque como servidor ele tinha todos recursos para ter acesso a todos os detalhes sobre as contas das vítimas”, afirmou o delegado.
Uma equipe de auditores do Banpará trabalhou em parceria com a polícia. O advogado do banco, Paulo Arevelo, diz que não há dúvida de que a fraude ocorreu. Após a conclusão da auditoria, que determinará exatamente quanto foi desviado, medidas administrativas serão adotadas pelo Banpará. (Pararijos NEWS)

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