segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Jader: da Sudam ao Petrolão

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A lama deflagrada pela Operação Lava Jato chegou ao senador Jader Barbalho, do PMDB, segundo depoimento de delação premiada proposto pelo ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, dando conta do pagamento de propina de US$ 15 milhões referentes à negociação da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, dos quais ao menos US$ 2 milhões foram parar nas mãos de Jader e do senador Renan Calheiros, também do PMDB. Essa revelação, publicada na matéria de capa da Revista Época, na semana passada, com base no depoimento de uma nova delação premiada de Nestor Cerveró, é mais um capítulo de uma carreira política atolada em escândalos e construída sob acusações de velhos esquemas de corrupção.
No começo da atual legislatura, o senador figurava como o recordista de investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), sendo réu em cinco ações penais no STF, acusado de desviar recursos da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), do Banco do Pará (Banpará) e do Ministério da Reforma Agrária. Essas denúncias ganharam destaque em 2001, quando ele se viu obrigado a renunciar à presidência do Senado e ao mandato de senador. Em uma dessas acusações, Jader tinha se beneficiado de repasses da Sudam a um projeto para criação e abate de rãs, tocado por Márcia Zaluth, sua esposa à época.
Nesse mesmo ano, quando deixou o Senado, o político paraense chegou a ser algemado e detido por 16 horas pela Polícia Federal, sob a suspeita de chefiar uma quadrilha acusada de desviar R$ 1 bilhão dos cofres públicos. Raposa velha na política, Jader usou de artimanhas jurídicas ao longo dos últimos anos para tirar vantagem da lentidão da Justiça e não ter que responder pelos crimes que mancham o seu nome. Ele já se livrou de rolos judiciais desde que completou 70 anos de idade, em outubro de 2014.
 (Pararijos NEWS)

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