quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Gestão de Helenilson foi marcada por turbulência

Gestão de Helenilson foi marcada por turbulência (Foto: Agência Pará)
(Foto: Agência Pará)
É oficial. O Governo do Pará publicou na edição desta quinta-feira (24) do Diário Oficial do Estado a exoneração de Helenilson Pontes, que deixa o cargo de titular da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). O pedido de exoneração foi feito na tarde de ontem em reunião com o governador Simão Jatene. Pontes alegou motivos pessoais para deixar o Governo. A edição de hoje também publicou a nomeação da secretária adjunta, Ana Cláudia Hage, que assume a Seduc, o que, na prática, significa que o Governo não pretende aproveitar a saída de Pontes para fazer mudanças na política para a educação.
Desde que assumiu o cargo, Helenilson Pontes, que foi o vice-governador no mandato anterior de Jatene enfrentou pressões internas e externas na Seduc. Advogado tributarista tinha a missão de organizar o caos em que a Secretaria se encontrava. A intenção é que o sucesso na gestão da educação o cacifasse como um dos possíveis candidatos à sucessão de Jatene.
Mas os planos foram atropelados por uma série de crises que fizeram da educação um dos pontos mais críticos do atual governo. Em menos de nove meses de gestão, Helenilson enfrentou 73 dias de greves dos professores estaduais. O calendário letivo deste ano se tornou um problema de difícil solução e, mesmo com o fim da greve, as relações entre o secretário e os professores e servidores da educação piorou. Descontos dos dias parados, promessas não cumpridas e escolas caindo aos pedaços estão entre as principais queixas. 
Há também suspeita de mau uso dos recursos públicos da educação. Um dos contratos contestados foi assinado com a empresa BR7 Editora e Ensino Ltda, cujo titular, Alberto Pereira de Souza Junior, chegou a ser preso acusado de fraudes na liberação de seguro por acidentes de automóveis. O contrato de R$ 200 milhões foi denunciado em reportagem do Diário. O Sintepp prometeu ir à Justiça para suspender a compra do curso. Pressionado, o governo voltou atrás e cancelou o contrato. 
Hoje, os professores farão uma paralisação de 24 horas. As aulas serão suspensas em protesto contra o desconto dos dias parados durante a greve. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará alega que o pagamento é condição para reposição das aulas. A greve acabou em junto, mas até agora não foi definido como será feita essa reposição. Os professores acusam o governo e intransigência. Apontado como pouco afeito às negociações, Helenilson Pontes havia se tornando um dos alvos das críticas dos professores e servidores.
(Rita Soares/Diário do Pará/Pararijos NEWS)

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