terça-feira, 22 de setembro de 2015

Contrabandistas presos pela PF


A Polícia Federal prendeu ontem seis pessoas que integravam uma quadrilha de contrabandistas de mercadorias trazidas da China. As investigações apontam que o grupo cometeu crimes como fraudes tributárias, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Um contêiner foi apreendido no porto de Belém contendo mercadorias avaliadas R$ 1,5 milhão. Os suspeitos, dizem os policiais que participaram da Operação Duty-Free, deslanchada em parceria com a Receita Federal e o Ministério Público Federal, negociavam a chegada de outros 15 contêineres com produtos eletrônicos, relógios, bolsas de grife e maquiagem.
Sete mandados de busca e apreensão seriam cumpridos em Belém, Tomé-Açu, no nordeste paraense, e em Marabá, no sudeste do Pará.
As idas e vindas de grupos de viajantes de Belém-Miami-Belém chamaram a atenção de fiscais da Receita Federal que trabalham no Aeroporto Internacional de Belém e, há 10 meses, foi dado início à operação Duty-Free, monitorando essas pessoas, que desembarcavam com quantias consideráveis de mercadorias. A partir disso, o caso foi levado para a Polícia Federal, que iniciou o trabalho sistemático de investigação. “A equipe que trabalha na Receita Federal do Aeroporto constatou  que algumas pessoas estavam fazendo esse trajeto rotineiramente. Às vezes, mais de uma vez ao mês”, explicou ontem o superintendente da Receita Federal do Pará, Moacyr Mondardo.
expansão
A Polícia Federal constatou a existência da organização criminosa e, ainda, acompanhou a expansão dos negócios do grupo. Em um primeiro momento, os integrantes da quadrilha trabalhavam de forma independente. Eles viajavam até Miami, de onde traziam mercadorias não declaradas à Receita e vendiam em lojas virtuais no Facebook e Instagram.
“Quando nós começamos com as investigações eles ainda faziam esse tipo de movimento. Iam até Miami, onde faziam compras de forma rotineira e traziam para Belém e vendiam. Mas nos últimos meses eles resolveram mudar o foco da importação. Em vez de importar de Miami, resolveram importar da China, onde os produtos são os mesmos, mas mais baratos”, explicou o delegado Davi Rios, da Polícia Federal do Pará.
A partir do momento que os integrantes da quadrilha deixaram de usar “mulas” para fazer o transporte das mercadorias e passaram a se organizar para trazer grandes quantidades de mercadorias de uma só vez, a equipe policial precisava aguardar somente o momento da chegada dos produtos para fazer a apreensão e prisão dos contrabandistas.
COTAÇÃO
“Nós estávamos fazendo todo o monitoramento, mas só podíamos agir quando o comércio ilegal se concretizasse. E acabou que eles demoraram um pouco para fazer essa importação ilegal, em virtude da alta do dólar. E nós estávamos ansiosos diante de toda essa movimentação”, explicou o delegado Jorge Eduardo Oliveira, da Polícia Federal do Pará.
Na manhã de ontem, várias equipes atuaram ao mesmo tempo. Uma equipe fez a apreensão do contêiner no Porto de Belém, na avenida Visconde de Souza Franco, com nove toneladas de mercadorias. Os policiais também foram para as residências e escritórios dos integrantes da organização criminosa. Seis pessoas foram presas temporariamente com respaldo da Justiça.
Todo o trabalho de investigação foi acompanhado pelo Ministério Público Federal. Durante entrevista de imprensa, no auditório da Alfândega do Porto de Belém, o procurador da República Ubiratan Cazzetta esclareceu que o grupo vai responder pelos crimes de descaminho, evasão de divisas, fraudes tributárias e lavagem de dinheiro.
(Pararijos NEWS)

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