quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Aliado de Jatene critica governo de Zenaldo

Aliado de Jatene critica governo de Zenaldo (Foto: Bruno Carachesti)
Deputado federal Arnaldo Jordy criticou a situação da saúde em Belém, como o estado precário do Pronto-Socorro do Guamá (Foto: Bruno Carachesti)
Aliado de primeira hora do governo tucano de Simão Jatene no Pará, o deputado federal Arnaldo Jordy (PPS), não tem poupado críticas ao prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB). Com o chamado “fogo amigo”, Jordy despejou um carrossel de adjetivos da tribuna do Plenário da Câmara dos Deputados para definir a situação em que se encontra a saúde pública na capital paraense. 
Segundo ele, as unidades de saúde de Belém vivem, há longo tempo, uma situação dramática. O parlamentar falou sobre o resultado de um relatório recente feito pelo Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa), que fez inspeções nos prontos-socorros e nas unidades básicas de saúde, particularmente nas unidades de urgência e emergência. 
De acordo com o aliado dos tucanos, o sindicato constatou que faltam, entre outras coisas, cilindros de oxigênio, seringas para injeções intramusculares e até água. “Está faltando água nas unidades básicas de saúde do Município de Belém!”, bradou Jordy da tribuna. “Esta é a síntese do relatório do Sindicato dos Médicos: dentre uma série de outros problemas, há falta de profissionais”. Jordy disse ainda que todos os programas estão reduzindo a sua eficiência. “O relatório do Sindmepa, que eu trago ao conhecimento desta Casa, é farto em situações deprimentes”.
O parlamentar fez um “apelo” ao prefeito e ao secretário de Saúde Municipal, para que providências para estancar a grave crise na saúde no município de Belém sejam tomadas.

UNIDADES
Segundo ele, não é só no pronto-atendimento que o setor está “agonizando” na capital paraense. Jordy informou que o Sindicato dos Médicos divulgou relatórios de visitas técnicas às unidades de saúde dos populosos bairros do Riacho Doce, da Sacramenta e do Telégrafo, nos quais foram registrados quadros de dificuldades que abrangem até a deficiência de materiais básicos de atendimento, como gazes, pinças e antissépticos, fazendo com que nem pequenos curativos sejam possíveis realizar.
O discurso foi sempre carregado de um tom oposicionista: “O pandemônio no setor tem também origem, segundo o Sindmepa, em uma hierarquia inexplicável, com falta de coordenação e integração dos serviços, o que colabora para a piora do atendimento à população belenense”, opina.
Procurado pelo DIÁRIO, o Sindmepa confirmou os dados divulgados por Jordy. Segundo o Sindicato, o relatório ao qual o deputado se refere é resultado de uma vistoria do Sindmepa na Unidade Municipal de Saúde do Telégrafo. A vistoria, de acordo com a assessoria do Sindicato dos Médicos, foi realizada em junho de 2015.
A reportagem do DIÁRIO tentou contato com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), mas até o fechamento desta edição, não teve retorno.
(Luiza Mello/Diário do Pará/Pararijos NEWS)

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