quarta-feira, 1 de julho de 2015

Agora é a hora de se investir na Hidrovia

Agora é a hora de se investir na Hidrovia (Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)
O tempo para se aproveitar a janela aberta para o desenvolvimento da região sul e sudeste está se esgotando e se não for tomada uma decisão rápida para se criar vias locais e de logística para o escoamento da produção de grãos, minerais e todas as outras cadeias de produção, a região poderá perder a oportunidade se a “janela se fechar”. Essas foram as palavras do presidente da Associação Industrial e Comercial de Marabá, Ítalo Ipojucan.
O empresário, que já tem larga experiência no assunto e que retomou novamente o comando da Acim após a morte de Gilberto Leite em novembro de 2014, fala com propriedade sobre o assunto e afirma: Se o governo do estado não olhar logo para a região de Carajás, perderemos uma grande oportunidade que está sendo criada agora para a expansão de nossa economia e para a saída da crise que assola o Brasil e a região. Ele se refere a pelo menos duas situações que acontecem agora: a logística da Soja por meio do Distrito de Miritituba (PA) e da ferrovia Norte-Sul entre Barcarena, no Pará, e Açailândia, no Maranhão.
Esse projetos fazem parte do Programa de Investimentos em Logística (PIL) 2015/2018 do governo federal, foram apresentados pelo ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, no último dia 22, no auditório da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), em Belém. No total, o investimento estimado na região alcança R$ 24,3 bilhões, que serão destinados para obras de modernização da infraestrutura de transportes do país.Outro projeto apresentado neste caso, pelo governo do estado, é a ferrovia estadual Fepasa.
A ferrovia estadual será uma concessão à iniciativa privada, responsável por todos os investimentos na  implantação e operação da ferrovia. Caberá ao governo estadual a fiscalização e regulação da atividade ferroviária.Diferente do projeto de extensão da Norte-Sul, do Governo Federal, a ferrovia estadual possui um traçado bem maior no território paraense. Iniciaria em Santana do Araguaia e passaria por vários municípios, como Redenção, Xinguara, Marabá, Rondon, Nova Ipixuna, Ulianópolis, Paragominas, Barcarena e Colares.

O problema: Nenhum desses projetos incluiu as obras de derrocamento do Pedral do Lourenço e da Hidrovia Araguaia-Tocantins, que nesse caso, são importantíssimas para a região.Segundo Ítalo Ipojucan, o problema maior é que as obras do Programa de Investimentos em Logística (PIL) e da paraense Fepasa, devem levar no mínimo mais de 10 anos para ficarem prontas. No caso da Hidrovia, segundo estimativas prévias, as obras levariam no máximo dois anos e meio, tempo muito menor e muito mais oportuno. E mais, segundo ele, em dez anos a “janela” atual da oportunidade que vivemos agora, já estará fechada.
“Já temos exemplo de que a Hidrovia é possível, é viável e é competitiva. Nas águas altas (período em que o rio Tocantins está com volume de água bem alto), nós já tiramos pelo segundo ano consecutivo o Manganês e enviamos essas tantas toneladas pelo rio Tocantins, em um porto em Marabá que está em uma fase embrionária”, destacou ele.
“É preciso que a Hidrovia aconteça no tempo real, ela não estabelece competitividade nos setores, eles se completam na verdade. A ferrovia vai dar a dinâmica que o sul do Pará , em cidades como Santana do Araguaia e Tucumã, por exemplo, precisam”, disse Ítalo. “Mas nós estamos falando de algo que enxergamos em um processo mais longo e no imediato, em curtíssimo prazo, temos a Hidrovia que vai tornar certamente um Pará antes e um após a criação dela”, esclareceu Ipojucan.
SOJA
A região de Marabá e das cidades próximas ainda tem um diferencial mais importante para a economia, segundo o presidente da Acim: A produção de grãos em breve vai ser mais influente aqui na nossa região, reforçando ainda mais a implantação imediata da Hidrovia. “O vetor de diversificação e da multiplicidade da oportunidade que essa cadeia (a da Soja e de grãos) vai proporcionar ao nosso universo comercial é infinito, é gigantesco”, disse. “E nós temos que ser capazes de monitorar esse movimento e fazer com que as políticas públicas cheguem concomitante à instalação do movimento e nós possamos estar agregando esses valores, conquistando essas janelas”, disse o presidente da Acim, Ítalo Ipojucan.Mas surgiu uma nova luz no fim do túnel com a indicação da presidente Dilma Ruosseff do nome do ministro da Pesca e Aquicultura Helder Barbalho para conduzir as negociações das obras de derrocamento do Pedral do Lourenço. O anúncio foi feito na semana passada durante a visita da ministra Kátia Abreu e do ministro Helder no parque de exposições de Marabá. Uma reunião em Brasília nos próximos dias deverá dar rumo sobre a situação.
(Pararijos NEWS)

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