sábado, 6 de dezembro de 2014

Jovem é asfixiada e espancada em quarto de motel

Vítima foi atacada em quarto de motel e morreu no hospital. Rapaz confessa o homicídio, mas nega estupro
A jovem Alessandra Bararua Cabral foi asfixiada e espancada em um quarto de motel, que também funciona como boate, na avenida Pedro Álvares Cabral, no bairro da Sacramenta, na madrugada de ontem. Juscelino Marques Ferreira, de 25 anos, depois de asfixiar e espancar Alessandra, colocou a jovem em um táxi e a encaminhou para o Pronto-Socorro da 14 de Março, mas ela não resistiu às agressões. Médicos desconfiaram da atitude do rapaz e acionaram a polícia, já que ele tinha vários arranhões no rosto.
A equipe do cabo Farias, da viatura 0103 da Polícia Militar, atendeu a ocorrência e foi até o Pronto-Socorro da 14 de Março por volta das 4h de ontem. Alessandra já havia morrido e Juscelino estava sob efeito de droga, segundo os policiais. “Ele estava bastante eufórico e dava informações desencontradas”, acrescentou o cabo Farias.
Os policiais militares foram em busca de informações e descobriram que Juscelino entrou no quarto de motel com a vítima por volta das 3h30. Lá eles discutiram (o motivo não foi informado) e Juscelino asfixiou e espancou Alessandra. Após as agressões ele ainda tentou socorrer a vítima, mas ela já chegou ao hospital muito debilitada. Os médicos logo suspeitaram do envolvimento do rapaz nas agressões, já que ele estava com o rosto arranhado.
Juscelino foi apresentado na seccional da Sacramenta e disse que não era estuprador. Em uma declaração não oficial, ele alegou ter matado Alessandra porque ela havia tentado roubá-lo. “Eu não matei para estuprar não, ela queria me roubar, mas isso vou falar para o delegado”, disse o criminoso.
Os policiais militares informaram que Juscelino é reincidente na prática de homicídio. Em 2011, na companhia de mais uma pessoa, ele matou o pedreiro Ivo Elias Santiago a pedradas e pauladas, no bairro Nova Marituba. Os criminosos queriam dinheiro da vítima, mas ela não tinha. Eles ficaram com raiva e atacaram o pedreiro, antes de levar a bicicleta, o par de sandálias e a calça dele.
A dupla foi presa logo após o crime, pois o pai do comparsa de Juscelino entregou os dois à polícia. À época, eles foram presos. Na manhã de ontem, durante o registro de flagrante por homicídio na seccional da Sacramenta, o delegado Orivaldo Barreto informou que, além do homicídio do pedreiro, Juscelino responde por uma tentativa de homicídio ocorrida provavelmente no município de Marituba.
A mãe de Juscelino, Maria Aldina Marques, de 66 anos, mesmo com dificuldades para andar foi até a seccional da Sacramenta, na manhã de ontem, e disse que o filho é viciado em droga desde a adolescência. “Eu já tentei ajudar e ele sempre promete que vai parar, mas não muda. Quando ele está sob efeito da droga ele vira outra pessoa, mas o meu filho sempre foi bom para mim. Ele que sempre me acompanha para eu ir ao médico”, disse a idosa.

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