terça-feira, 11 de novembro de 2014

Pleito tenso hoje no Vasco

Cinco nomes e um novo destino. Hoje, das 9h às 22h, os vascaínos finalmente vão começar a definir em São Januário quem assumirá o clube nos próximos três anos. Eurico Miranda (da chapa Volta Vasco! Volta Eurico!), Roberto Monteiro (Identidade Vasco), Júlio Brant (Sempre Vasco), Eduardo Nery (Vasco Mais que um Gigante) e Márcio Santos (Vanguarda Vascaína) disputam para ver quem será o novo presidente durante o triênio 2015/16/17.
O processo eleitoral, que deveria ter ocorrido em agosto, é indireto e foi marcado pela polêmica, rivalidade entre os candidatos e brigas e confusões entre torcedores. Os sócios vão escolher a chapa que terá direito a 120 vagas no Conselho Deliberativo, que, por sua vez, indicará o presidente e o vice. O segundo colocado escolherá 30 conselheiros. Somados aos 150 membros natos, a nova gestão do Vasco será proclamada apenas no dia 19, em sessão na sede náutica da Lagoa. 
Na eleição mais tumultuada da história do clube, até a polícia e o Ministério Público tiveram de intervir. Denúncias levantaram suspeitas sobre a grande adesão de sócios em abril do ano passado - mais de 3.000 pessoas entraram no quadro e a manobra foi batizada de Mensalão da Colina. A votação foi adiada e o clube convocou todos os sócios para um recadastramento a partir de setembro: quem não compareceu não poderá votar.
São três os candidatos com peso eleitoral e chance de vitória, todos com discurso de oposição à gestão de Dinamite. Um deles é o ex-presidente Eurico Miranda, que tenta retomar o poder depois de ter sido destituído da presidência por decisão da Justiça. Em 2006, ele derrotou Dinamite nas urnas, mas foi constatada fraude na eleição, e a Justiça determinou a realização de novo pleito, sem a participação de Eurico e do qual Dinamite saiu vencedor.
O advogado Roberto Monteiro, ex-vereador do Rio e ex-presidente da maior torcida organizada do Vasco, e o empresário Júlio Brant, apoiado por ídolos como Edmundo e Felipe e por personagens influentes da política vascaína, como o ex-vice-presidente Pedro Valente e Olavo Monteiro de Carvalho, são os candidatos com mais chances de impedir uma vitória de Eurico.
Mais uma vez, o processo eleitoral foi cercado de enorme polêmica. Depois do adiamento da eleição, antes marcada para agosto, o clube promoveu um recadastramento dos sócios para eliminar dúvidas sobre a lista de eleitores. Mesmo assim, o mais provável é que os que não fizeram o recadastramento também possam votar.
A única certeza é que a disputa seguirá na Justiça, qualquer que seja o resultado das urnas. 
Enquanto São Januário sedia a eleição, o time está treinando no CFZ, no Recreio, e a diretoria anunciará nos próximos dias a transferência de mais uma partida para o Maracanã.
Apesar da atuação ruim do time, a vitória de sábado contra o ABC (1 a 0), no Maracanã, foi um sucesso. Quase 50 mil vascaínos estiveram presentes, o que proporcionou uma bela festa de um clube em má fase e uma renda bruta de R$ 1,3 milhão. A intenção era fazer os dois jogos em casa que ainda restam na Série B (Vila Nova, no dia 18, e Icasa, no dia 22) no Maracanã, mas só a segunda partida poderá ser transferida.
A concessionária que ganhou a administração do estádio não deve liberá-lo para o jogo contra o Vila Nova, dia 18, porque já receberá jogos de Botafogo e Fluminense nos dois dias seguintes. Assim, somente a partida contra o Icasa, dia 22, deverá ser no Maracanã.
O Globo

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